Postado por : Joathã Andrade domingo, 2 de dezembro de 2012


“Esta não é uma boa terra para deuses” é com esta frase que inicio este post. Como todos já sabem, sou um grande fã de Neil Gaiman, então trago aqui um pouco sobre este intrigante livro que me conquistou logo nas suas primeiras páginas, boa leitura.

Deuses Americanos, o melhor e mais ambicioso romance de Neil Gaiman, é uma viagem assustadora, estranha e louca que envolve um profundo exame do espírito americano.

O autor ataca desde a era da informação até o significado da morte, sem sacrificar seu senso de humor e o rico estilo narrativo que vem exibindo desde Sandman.

Após a morte de sua esposa em um acidente de carro, Shadow é liberado da prisão antes de cumprir totalmente sua pena. Perdido, acaba por conhecer um homem misterioso, chamado Wednesday, que será muito mais importante na vida de Shadow do que ele imagina. Na verdade, Wednesday é um antigo deus, certa vez conhecido por Odin, o Pai de Todos.

Ele está percorrendo os Estados Unidos a fim de reunir seus companheiros esquecidos para uma batalha épica contra as divindades do mundo moderno: internet, televisão, cartões de crédito, telefone, rádio…

Shadow aceita ajudar Wednesday, e eles se lançam a uma tempestade psicoespiritual que se torna demasiadamente real em suas manifestações. A esposa morta de Shadow, por exemplo, continua a aparecer, e não apenas como um espectro – a dificuldade de ambos em manter seu relacionamento se torna sombriamente engraçada, assim como o resto do livro.

Armado somente de seus truques com moedas e alguma determinação, Shadow inicia uma viagem fantástica pela superfície visível das coisas – ao seu redor, sob ela -, literalmente descobrindo todos os poderosos mitos que os imigrantes europeus trouxeram com eles quando chegaram àquelas terras, assim como os que já viviam lá.

Eles aparecem alí onde menos se esperava, zanzando na beira de estradas, comendo hamburgueres, são agora trapaceiros, prostitutas, sombras. “Esta não é uma boa terra para deuses”, diz Shadow.

Mais do que um turista na América, Neil Gaiman oferece uma perspectiva de fora para dentro – e, ao mesmo tempo, de dentro para fora – da alma e espiritualidade do país e do povo americano: suas obsessões por dinheiro e poder, sua miscigenada herança religiosa e as conseqüências sociais, e as decisões milenares que eles enfrentam sobre o que é real e o que não é.

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