Postado por : Joathã Andrade segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


Deixa um momento o asfalto, vem comigo,
entre jogos de sombra e claridade
conhecer a cintura da cidade.


Respira a plenitude do silêncio
destes montes e montes sucessivos
que ignoram a dor dos seres vivos.Mergulha no mistério vegetal
da mata exuberante, onde as lianas
e as bromélias se calam, soberanas.

E na imobilidade do saveiro
diante da igrejinha, vai sentindo
o que é doçura e paz na hora fluindo.

Carlos Drummond de Andrade
in ‘Poesia Errante ‘

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