O livro conta a história de Fat Charlie, um tímido americano que escolheu ter uma vida pacata e sem-graça como contador numa empresa londrina. Ao ir ao funeral de seu pai, Sr. Nancy, Fat Charlie ouve uma velhinha, amiga do pai há anos, dizer que ele na verdade era o deus Anansi, uma divindade trapaceira e brincalhona da mitologia africana. A partir desse episódio, sua vida vira de cabeça para baixo.

Resenha: 

                             Com a velha trama de "Deuses esquecidos vivendo em um mundo que os esqueceu", Neil Caiman consegue surpreender com uma história muito bem-estruturada e personagens muito cativantes. Foi quase impossível largar o e-book livro, as páginas fluem numa velocidade incrível.             

                            Gaiman me surpreendeu mais uma vez. Os Filhos de Anansi é uma narrativa leve e contagiante,  incrível como o autor entra na mente do personagem para narrar os pensamentos mais improváveis e cômicos, muitas vezes desconectados da história, mas que sem eles ficaria um grande vazio. Essa é  história de Charles Nancy, o qual tinha uma relação muito conturbada  com o pai, pois ele  sempre o constrangia das piores formas possíveis. Inclusive dando-lhe, o apelido de  Fat Charlie, e que ele carregou ao longo da vida, mesmo que quando adulto não tivesse o peso acima da média. Depois de muitos anos, Charles Nancy fez questão de colocar um oceano de distância entre seu pai e ele, mas no momento em que está fazendo sua lista de casamento com a noiva Rosie, ela o constrange a convidá-lo. Ao ligar para uma vizinha do pai, ele descobre que tinha acabado de ficar sem pai e que deveria atravessar o Atlântico para o enterro. É então que a confusão começa, pois Fat Charlie fica sabendo que é filho de Anansi, o deus-aranha; e que tem um irmão chamado Spider.

                           Acho incrível como Gaiman consegue falar de algo que num primeiro momento parece denso e complicado, mas que na linguagem dele fica tão simples. Tudo o que falei foi só o princípio da obra e há muito mais a seguir, como a ligação com a música.Para concluir, Neil Gaiman usa mais uma vez a fórmula de personagem principal utilizada em algumas de suas histórias, pois são desinteressantes e normais, a princípio, mas que vão crescendo durante a obra.